Estivadores contra<br>a precariedade

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«Precariedade? Nem para os estivadores nem para ninguém», foi o lema da manifestação realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal, faz hoje uma semana, entre o Cais do Sodré e a Assembleia da República (AR). Na iniciativa esteve a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações e a CGTP-IN. O PCP fez-se representar através do deputado e membro do Comité Central Bruno Dias.
Os estivadores contestam a Lei do Trabalho Portuário (n.º 3/2013) aprovada pela maioria PSD/CDS com os votos do PS, partido que, através da actual ministra do Mar, já se manifestou indisponível para alterar a norma.

Em audição na Comissão de Economia da AR, requerida pelo PCP e ocorrida na quarta-feira, 15, o presidente do Sindicato dos Estivadores acusou a Lei n.º3/2013 de «introduzir factores de precariedade acrescida» relativamente à precariedade já admitida pelo Código de Trabalho em vigor. Na ocasião garantiu ainda o empenho em concluir com sucesso as negociações do novo Contrato Colectivo de Trabalho para o Porto de Lisboa, ainda não assinado com os operadores apesar do acordo alcançado com mediação governamental, que entre outros factores ameniza as consequências da norma que consideram lesiva.




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